segunda-feira, 20 de junho de 2011

Obesidade mórbida e infertilidade masculina.

A obesidade mórbida altera níveis de hormônios sexuais


No homem de peso normal, com índice de massa corporal ao redor de 25kg/m², existe estímulo normal das gônadas por hormônios vindos da hipófise (chamados de LH e FSH), que induzem produção de hormônio masculino (testosterona) bem como estimulam o amadurecimento das células que irão se desenvolver como espermatozóides. Ambas as funções testiculares (testosterona e espermatozóides) são independentes, isto é, vinculam-se a diferentes fontes de estimulação para atingirem patamares de normalidade.

A obesidade de grande porte, com índice de massa corporal acima de 40kg/m², é prejudicial para a fertilidade masculina. O obeso mórbido pode conservar a capacidade erétil, pode ter libido normal, mas tanto o teor de hormônio masculino quanto a quantidade de espermatozóides podem estar em níveis baixos. Isso leva o obeso a ser considerado como relativamente infértil.

Mecanismo da infertilidade do obeso mórbido

A secreção de testosterona é realizada por um grupo de células especializadas do testículo, chamadas de células de Leydig. Estas sob influência dos hormônios da hipófise (LH e FSH) são estimuladas a secretar testosterona. Por outro lado, os hormônios da hipófise são essenciais para o estímulo de células germinativas culminando em reserva normal de espermatozóides.

Para a fecundidade masculina há necessidade de que o número de espermatozóides a cada ejaculação atinja valores ideais. A testosterona também estimula a espermatogênese além de manter intacta a libido (desejo sexual) e o mecanismo de ereção. No entanto pequena porção da testosterona é transformada em hormônio feminino (estradiol) em condições normais. Tal fenômeno é realizado por uma enzima chamada aromatase. Quando o homem chega a peso muito acima do normal, acima de 140-160 quilos, e índice de massa corporal maior do que 40kg/m², elevam-se os níveis desta enzima aromatase.

Consequentemente maior quantidade de testosterona é transformada em estradiol (hormônio feminino). E assim, o excesso de estradiol irá bloquear a hipófise (diminuem os estímulos para o testículo produzir testosterona e espermatozóides). Além disso, o excesso de hormônio feminino (estradiol) pode induzir aumento de mamas, reduzir a libido, causar disfunção erétil e infertilidade.

O tratamento da infertilidade do obeso

É óbvio que o primeiro passo a ser dado seria a redução de peso por métodos clínicos (dieta hipocalórica, medicações apropriadas, exercícios aeróbicos) ou por opção a métodos cirúrgicos (cirurgia para redução de peso). Além disso, o médico pode usar medicamento que inibe a tal enzima chamada aromatase.

Este medicamento (anastrazol) bloqueando a aromatase irá impedir a conversão de testosterona em estradiol (hormônio feminino). Com a queda do estradiol a hipófise volta a funcionar produzindo LH e FSH, hormônios que estimulam os testículos a produzirem espermatozóides e testosterona. Em poucos meses, mesmo com perda de peso modesta de 10 a 20kg a nova configuração hormonal de queda de estradiol e maior secreção de hormônio masculino irá restaurar o vigor masculino e maior produção de espermatozóides.

Quanto ao problema do peso: o obeso mórbido tem a tendência a voltar a ser “muito gordo” com seguidos tratamentos clínicos e medicamentosos. Possivelmente a melhor opção, nas atuais circunstâncias, é considerar a cirurgia bariátrica para uma solução imediata do problema de grande excesso ponderal.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Os perigos da obesidade morbida para a saúde


Os gordinhos, no passado considerados detentores de boa saúde, são vistos pela medicina atual como pessoas que necessitam de grandes cuidados. Além de marginalizados pelo padrão de beleza vigente, os obesos enfrentam diversas doenças devido ao excesso de peso.
Nem só as roupas apertadas ou o cansaço podem fazer soar o sinal de alerta. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a forma mais correta para avaliação do peso corporal em adultos é o IMC (índice de massa corporal). O índice é calculado dividindo-se o peso do paciente em quilogramas (Kg) pela sua altura em metros elevada ao quadrado (quadrado de sua altura). O valor obtido estabelece o diagnóstico da obesidade e aponta os riscos associados conforme o quadro:

IMC ( kg/m2)
Grau de Risco
Tipo de obesidade
18 a 24,9
Saudável
-
25 a 29,9
Moderado
Sobrepeso
30 a 34,9
Alto
Obesidade Grau I
35 a 39,9
Muito Alto
Obesidade Grau II
40 ou mais
Extremo
Obesidade Grau III ("Mórbida")

Apesar da fórmula mostrar os parâmetros do que é considerado saudável, o melhor para diagnosticar o problema é a consulta com um médico. Apenas um especialista pode identificar o tipo de obesidade e o tratamento mais adequado.


As causas mais freqüentes de obesidade são a origem genética (distúrbios da leptina), os distúrbios psicológicos (transtorno compulsivo periódico), a depressão endógena (bulimia), distúrbios endócrinos (doenças da tireóide, das glândulas supra-renais, hipófise, gônadas), maus hábitos alimentares associados à vida sedentária, etc. Pesquisas frisam, porém, que a vida sedentária e a alimentação não balanceada são os grandes vilões da balança.
Um levantamento recente do IBGE revelou que quatro em cada dez brasileiros adultos sofrem com o excesso de peso. A proporção é motivo de preocupação para a medicina, que enxerga a obesidade como uma doença crônica, que provoca ou acelera o desenvolvimento de muitos males e que pode ser causa de morte precoce. Entre as doenças mais comuns causadas pela obesidade estão:

Artrose
Doença articular que pode provocar incapacidade física. O mal caracteriza-se pela perda progressiva da cartilagem das juntas, por uma maior densidade óssea justaposta a essa cartilagem e por uma proliferação de osso nas margens articulares, os osteófitos ou "bicos de papagaio".


Hipertensão
A conhecida "pressão alta" é a elevação da pressão arterial para índices acima dos valores considerados normais (140/90mHg). Pode causar lesões em diferentes órgãos do corpo humano, tais como cérebro, coração, rins e olhos.


Diabetes
Distúrbio que se caracteriza por altas taxas de açúcar no sangue e que prejudica todo o metabolismo do corpo humano. É causado pela falta de um hormônio chamado insulina, que é produzido pelo pâncreas. Sem o controle adequado da dieta e da administração de insulina ao paciente, pode produzir problemas graves de saúde, como o infarto do coração, derrame cerebral, cegueira, insuficiência renal, amputações, entre outros.


Obesidade mórbida
O maior perigo da obesidade descontrolada é o avanço até a obesidade mórbida. Esse tipo de gordura acompanha uma série de males como doenças coronarianas, hiperlipemias (gordura no sangue), arteriosclerose , acidente vascular cerebral (derrames), varizes, tromboses venosas, embolia pulmonar, e até mesmo câncer. Um obeso mórbido tem até dez vezes mais chances de morrer em relação ao indivíduo normal e sua expectativa de vida diminui em 20%.
Seja para se enquadrar na estética ou para melhorar a qualidade de vida, as pessoas que percebem que estão acima do peso devem procurar ajuda médica e traçar um programa de alimentação adequado, auxiliada por um nutricionista. Afinal, se a beleza não conta, a saúde é fundamental.

Pós-Obesidade Mórbida: Correção do Contorno Corporal


Doenças  doencas corpo humano obeso

Após um emagrecimento extenso, que ocorre após tratamento para obesidade mórbida, seja por dieta ou cirurgia com a colocação de banda gástrica ou redução de estômago, poderá necessitar da ressecção do excesso de pele e/ou de uma lipoaspiração.
A pele adicional geralmente perde sua elasticidade e fica pendular nos braços, abdome, mamas, coxas, face e pálpebras.
A cirurgia plástica do contorno corporal completo inclui a lipoaspiração, ressecção das dobras do abdomem, dos braços, das coxas, facelift, mamoplastia e outros procedimentos necessários.
A duração de uma cirurgia destas é de 2 a 5 horas, dependendo da quantidade de pele a ser removida. As cirurgias podem ser programadas em seqüência, em diversos meses subseqüentes, para reduzir a morbidade pós-operatória.
A dor pós-operatória é controlada com analgésicos comuns.
Podem ocorrer longas cicatrizes nos braços, abdome, coxas, mamas, que apresentam tendência à regressão com o tempo e. poderá necessitar de fisioterapia para redução do edema e para a obtenção do resultado final.
O retorno a rotina se dará após 4 semanas e as atividades árduas após 12 semana

Nova Técnica de Cirurgia Bariátrica Promete Menos Sacrifícios…


Meu amigo Tales me avisou sobre essa matéria da Suzana Villaverde que está no site da Veja sobre uma nova técnica de cirurgia bariátrica que consiste em manter o trânsito do estômago com o intestino, e eu resolvi colocar aqui pra servir como orientação, mesmo que essa técnica seja ainda experimental…
 

 Para as pessoas realmente obesas, as opções são duras: enfrentar a variedade de doenças quase sempre associadas a quem está várias dezenas de quilos acima do peso desejado ou cortar, literalmente, o estômago. Chamada de cirurgia bariátrica por derivação gástrica, a operação reduz o estômago a um pedaço mínimo diretamente ligado à porção média do intestino e pode ter uma série de complicações. As mais comuns são fístulas, hemorragias e embolia pulmonar, num primeiro momento; infecções, aderências intestinais e anemia, posteriormente. Em razão da multiplicidade de riscos do método tradicional, vem sendo bem recebida como opção menos arriscada uma técnica nova, a gastrectomia vertical, que tira um pedaço menor do estômago e mantém todas as suas conexões originais, sem desvios nem atalhos. “Por ser nova e ainda pouco testada, essa cirurgia por enquanto é recomendada só para obesos anêmicos, que tenham deficiência de cálcio e vitaminas, e também para os muito jovens ou muito idosos, que precisam receber todos os nutrientes”, explica Thomas Szegö, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). À medida que for passando pelo teste da prática, a técnica poderá se tornar dominante.

Tratamento da Obsidade Mórbida




Obesidade tratamento

Podemos dizer que pessoas com um índice de massa corporal ( IMC ) acima de 30 são obesas. Muitas vezes essa obesidade vem de um histórico familiar e trazem junto algumas doenças crônicas.

A pressão alta, colesterol elevado ou alto nível de açúcar no sangue são sinais de doenças relacionadas à obesidade.
A perda de peso de 5 a 10% pode 
melhorar a saúde, pois baixa o colesterol e a pressão arterial.
Tratamento da obesidade 
O nível da obesidade é que vai definir o método de tratamento para a obesidade e a condição geral de saúde e motivação para perder peso incluindo assim uma dieta, exercícios físicos, mudança de comportamento e algumas vezes remédios para emagrecer.
Para casos de obesidade mórmida, a cirurgia para redução de estômago (bariátrica) pode ser recomendada. Na realidade o controle de peso é para toda vida.
No Brasil um dos maiores vilões da obesidade é a facilidade do mundo moderno nos trazendo tudo a pouco passos comida de fast food, controles remotos, internet, correria do dia-a-dia tudo isso facilita a termos uma vida sedentária e o excesso de comida é o principal fator da obesidade.
Por isso se o seu caso de obesidade aumenta a cada dia procure ajuda médica para que não se agrave seus problemas de saúde quanto mais cedo melhor ficando assim mais fácil de se perder peso.

O que pode causar o alto índice de massa corporal?


Estudo realizado nos EUA revelou que as pessoas com IMC (Índice de Massa Corporal) no nível ideal correm menos riscos de morte, enquanto que aquelas com obesidade têm as chances de mortes aumentadas em 44%. A pesquisa analisou mortes por diferentes causas e identificou que pessoas não fumantes e com o IMC entre 20 e 24,9, vivem mais.


Para calcular seu IMC, divida seu peso (em kg) pelo quadrado da altura (em metros). Se o resultado for menor que 20, você está abaixo do peso ideal. Se o resultado der entre 20 e 25, seu peso está normal. Acima de 25 indica sobrepeso e, a partir de 30, obesidade. Se o resultado for maior que 35, você tem obesidade mórbida.


Os pesquisadores descobriram que as pessoas obesas têm 44% mais chances de morrer. Já em pessoas com obesidade mórbida, o risco cresce entre 88% e 250%.
O estudo mostrou também que as pessoas saudáveis que nunca fumaram, mas que estavam com sobrepeso, têm 13% mais chances de morrer devido a complicações relacionadas à obesidade. As principais delas são: problemas cardíacos, AVC (acidente vascular cerebral, conhecido como derrame) e alguns cânceres.


Segundo o autor do estudo, Michael Thun, da Sociedade Americana de Câncer, qualquer nível de gordura é prejudicial à saúde.
O estudo tem fortes evidências contra a ideia de que é bom pra saúde ter algum excesso de peso.


De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, o médico Ricardo Cohen, a pesquisa mostra que não são apenas as pessoas com obesidade mórbida que correm riscos de saúde.


Todos que não estão no peso ideal correm um grande risco de desenvolver doenças.